Seixal

Ministro da Saúde<br>recusa hospital público

O presidente da Câmara Municipal do Seixal reuniu-se, infrutiferamente, com o ministro da Saúde, Luís Filipe Pereira, para o alertar da necessidade da construção de um hospital público no concelho do Seixal.

«A política do Governo é de ataque ao Serviço Nacional de Saúde»

O autarca da CDU fez-se acompanhar por um representante das cinco comissões de utentes da saúde do concelho do Seixal, que entregou uma carta exigindo, para além da unidade hospitalar pública no concelho, novas extensões de saúde e a contratação de mais médicos, enfermeiros e pessoal administrativo.

Justificando a «saturação» do Hospital Garcia de Orta, em Almada, José Sales, da Comissão da Saúde da Freguesia de Arrentela, afirmou, na passada semana, que esta «foi construída por uma população de 150 mil habitantes, para os concelhos de Almada, Seixal e Sesimbra, mas só o Seixal tem esse número de habitantes».

Em relação ao encerramento de dois dos três Serviços de Atendimento Permanente no concelho, as comissões de utentes temem que com esta medida as urgências no Garcia de Orta aumentem.

Outra das reivindicações dos utentes é a construção de duas extensões de saúde, nomeadamente na Aldeia de Paio Pires e em Arrentela, visto que um terço da população não tem médico de família.

 

Nada de novo

 

No final do encontro, em declarações ao Avante!, o descontentamento era latente. «Esta reunião não trouxe nada de novo», afirmou José Sales, alertando que «a política do Governo é de ataque ao Serviço Nacional de Saúde».

Sobre a principal reivindicação, o membro da comissão de utentes explicou: «O ministro da Saúde foi taxativo e negou a construção de um hospital público no concelho do Seixal».

No que diz respeito às extensões de saúde, o ministro descartou-se das suas responsabilidades e prometeu que poderia entrar uma verba no PIDAC de 2004, no sentido de uma parceria para a construção de novas unidades de saúde, só que a construção e fiscalização ficaria a cargo da Câmara Municipal do Seixal.

Alfredo Monteiro mostrou-se, porém, relutante porque uma das parcerias que elaborou com o Governo, para algumas infra-estruturas no concelho, ficaram em causa visto que o executivo não disponibilizou as verbas necessárias.



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